quinta-feira, 19 de julho de 2012

Pioneirismo em Brasilia

Em Brasília, o pai da peteca chama-se Roberto Alvarenga. Em 1947, depois de ter participado da 2ªGuerra Mundial como combatente, Roberto Alvarenga, hoje com 78 anos, descobriu a peteca no Rio de Janeiro. Apaixonou-se e, quando mudou-se para Brasília em 1967, trouxe na bagagem uma peteca, que costumava jogar com os amigos no Iate Clube.
‘‘A primeira peteca de Brasília quem trouxe fui eu’’, orgulha-se. ‘‘Naquela época a gente se reunia em grupos de três e jogava, um contra o outro, a peteca livre’’, recorda-se. Até o início da década de 70, Roberto e os amigos costumavam se divertir com a peteca livre. Até que o Cota Mil iniciou outro estágio do esporte. ‘‘Eu fiquei sabendo que eles tinham construído uma quadra de peteca lá e foi então que eu conheci a peteca chamada de mineira, que é a que se joga hoje’’, contou Alvarenga, que em 1988 foi um dos fundadores Federação Brasiliense de Peteca, segundo ele, a primeira federação deste tipo no Brasil. 




O presidente da Federação Brasiliense de Peteca, Quintim Antônio Segóvia, calcula que existam em Brasília entre 1,8 mil e 2 mil praticantes. ‘‘Sabia que na França já tem 30 mil?’’, pergunta Quintim, maravilhado com a expansão da peteca. Mas apesar de todo o sucesso, Roberto Alvarenga está preocupado. ‘‘É que a peteca está precisando de uma renovação. Os clubes precisam de novos estímulos para fazer com que os jovens passem a jogar mais’’, alerta o pioneiro. De fato, as dois clubes mais tradicionais da cidade, que costumavam dar aulas de peteca, estão enfrentando dificuldades. O Iate Clube está com as aulas paradas por falta de alunos. Já no Country, as aulas foram canceladas por falta de instrutores. ‘‘Na verdade, a peteca de competição é hoje uma grande família. Como não há uma renovação, são sempre as mesmas pessoas nos campeonatos nacionais. É bom porque a gente está sempre encontrando os amigos, mas é preciso que outras pessoas passem a jogar’’, finalizou Ricardo Valle. Ao lado de Túlio Bronzon e Sebastião Gonzalez, eles foram o único time de Brasília a chegar o pódio do Campeonato Brasileiro, conquistando o ouro na categoria 41 a 50 anos. Para tentar resolver o problema, a Federação Brasiliense de Peteca já prepara os planos para implantar a peteca nas escolas. ‘‘O Colégio Sigma já tem a peteca. Queremos, além das escolas, implantar nas Administrações Regionais e também no projeto Esporte à Meia-Noite, da Secretaria de Esportes e Lazer do Distrito Federal’’, explica Quintim. ‘‘Com isso vai começar a vir muita criança para o esporte. Paralelo a isso nós vamos promover competições e com isso vamos reverter esse quadro’’, garante.

Fonte: http://petecabrasil.vilabol.uol.com.br

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